quarta-feira, 6 de agosto de 2008
terça-feira, 5 de agosto de 2008
LIVROS À SOLTA - Fundação de Serralves
PROJECTO COM ESCOLAS 2008-2009
01 Out 2008 - 30 Set 2009
Desde há várias décadas que inúmeros artistas têm vindo a fazer livros para crianças. Outros utilizam livros infantis para fazer re-criações, afastando-os da sua função inicial. LIVROS À SOLTA é o tema do Projecto com Escolas para 2008/2009, em articulação com a exposição De Mickey Mouse a Andy Warhol, a apresentar na Biblioteca de Serralves. Neste âmbito, propõese uma reflexão sobre o conceito de livro de artista e a experimentação a partir deste suporte, numa aproximação às linguagens da arte contemporânea.
Público-alvo: do pré-escolar ao ensino secundário
Funcionamento: gratuito / inscrição prévia no início do ano lectivo.
Mais informações aqui.
sábado, 2 de agosto de 2008
quinta-feira, 10 de julho de 2008
domingo, 6 de julho de 2008
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Cerco(m)navegando
Do prefácio de João Pedro Mésseder:
"Ainda hoje me parece inacreditável que este pequeno grande livro (grande em formato, pequeno em número de palavras) tenha suscitado tantos entusiasmos, tantas apetências de expressão, tantos modos de cada um, nesse alargado projecto, inscrever o seu pequeno projecto de trabalho. Que pode ser, tão só, escutar ou ler a história (penso nas meninas e meninos da pré-escolaridade e do 1º ciclo), discuti-la, dramatizá-la ou teatralizá-la, ilustrá-la ou recriar as ilustrações do Gémeo Luís (Prémio Nacional de Ilustração em 2007), construir manualmente máscaras, fatos, converter o texto narrativo em letra de canção e interpretá-la, e dançá-la e rir com ela… Mas também recordo, com um enorme sorriso, o momento em que vi e ouvi os mais velhos (do secundário) realizar uma bem-humorada leitura encenada de outra versão de O Aquário que escrevi em verso. E como esquecer as jovens do Curso Profissional de Animação Sociocultural (10º ano), sempre tão disponíveis e divertidas, que coreografaram e cantaram e dançaram, para todos, as diversas cantigas inspiradas no livro? E como esquecer os do 2º ciclo e do 3º que encontraram maneiras tão criativas, e tão à sua escala, de se envolver neste projecto. E como esquecer os meninos do pré-escolar e do 1º ciclo que – pela mão experiente de educadoras e professoras tão devotadas às causas do ensino e da leitura – me surpreenderam, em todas as escolas que visitei ou no Centro Cultural de Campanhã, com leituras, coreografias, danças, cantigas, conversas a partir de O Aquário e de outros livros meus? E como não recordar as imagens e sons dos blogues das escolas que, num frenesim sem paralelo, iam dando conta do evoluir do projecto?
Tudo isto vem provar que um percurso deste tipo faz ruir muros, esbate fronteiras, esvazia ideias feitas, permite trabalhar com seriedade em favor de uma escola inclusiva e, sobretudo, de uma sociedade inclusiva. A que fronteiras me refiro? Às que, por vezes, se erguem entre professores e alunos de diferentes ciclos, entre professores e auxiliares de acção educativa, entre famílias e escolas, entre centro urbano e periferia, entre trabalho intelectual e manual – porque o que não falta, neste "aquário" em que vivemos, são muros e fronteiras.
Um projecto como este enfatiza o valor e o prazer de ler, estimula tarefas com sentido e logra associar esse trabalho à festa, uma vez palmilhado o caminho necessário.
E vem provar outra coisa: que um livro infantil pode e deve suscitar a atenção de todos. Pois todos – adultos, jovens, crianças – podem nele encontrar motivo para meditação, e, principalmente, um trampolim para o exercício das suas aptidões ou para construir o seu pequeno projecto: seja ele de leitura, de escrita, de expressão plástica, musical ou dramática, seja ainda (estou a pensar nos mais velhos e nos professores) um projecto de animação da leitura, de ensino e aprendizagem, de enriquecimento pessoal ou de simples entretenimento.
Este projecto, não sei bem porquê (ou sei?), traz-me à lembrança aquela tão querida canção de José Afonso, "Os Índios da Meia-Praia", com a qual termino: "Eram mulheres e crianças / cada um com seu tijolo. / Isto aqui era uma orquestra, / quem diz o contrário é tolo."
Recordam-se desta canção? E do tempo dela? Eu lembro-me muito bem. E trazê-la para aqui é a minha modesta forma de dizer obrigado e de falar também do privilégio, da comoção que foi participar, à minha maneira, neste projecto feliz e estimável. Um projecto que confirma uma verdade: ainda vale a pena ser educador, e vale sempre a pena ser aluno. Pois a Escola, se todos quisermos, continuará a ser um espaço de liberdade, de criação, de alegria, de trabalho colectivo e de exigência. Para connosco mesmos e para com os outros. " João Pedro Mésseder
"Ainda hoje me parece inacreditável que este pequeno grande livro (grande em formato, pequeno em número de palavras) tenha suscitado tantos entusiasmos, tantas apetências de expressão, tantos modos de cada um, nesse alargado projecto, inscrever o seu pequeno projecto de trabalho. Que pode ser, tão só, escutar ou ler a história (penso nas meninas e meninos da pré-escolaridade e do 1º ciclo), discuti-la, dramatizá-la ou teatralizá-la, ilustrá-la ou recriar as ilustrações do Gémeo Luís (Prémio Nacional de Ilustração em 2007), construir manualmente máscaras, fatos, converter o texto narrativo em letra de canção e interpretá-la, e dançá-la e rir com ela… Mas também recordo, com um enorme sorriso, o momento em que vi e ouvi os mais velhos (do secundário) realizar uma bem-humorada leitura encenada de outra versão de O Aquário que escrevi em verso. E como esquecer as jovens do Curso Profissional de Animação Sociocultural (10º ano), sempre tão disponíveis e divertidas, que coreografaram e cantaram e dançaram, para todos, as diversas cantigas inspiradas no livro? E como esquecer os do 2º ciclo e do 3º que encontraram maneiras tão criativas, e tão à sua escala, de se envolver neste projecto. E como esquecer os meninos do pré-escolar e do 1º ciclo que – pela mão experiente de educadoras e professoras tão devotadas às causas do ensino e da leitura – me surpreenderam, em todas as escolas que visitei ou no Centro Cultural de Campanhã, com leituras, coreografias, danças, cantigas, conversas a partir de O Aquário e de outros livros meus? E como não recordar as imagens e sons dos blogues das escolas que, num frenesim sem paralelo, iam dando conta do evoluir do projecto?
Tudo isto vem provar que um percurso deste tipo faz ruir muros, esbate fronteiras, esvazia ideias feitas, permite trabalhar com seriedade em favor de uma escola inclusiva e, sobretudo, de uma sociedade inclusiva. A que fronteiras me refiro? Às que, por vezes, se erguem entre professores e alunos de diferentes ciclos, entre professores e auxiliares de acção educativa, entre famílias e escolas, entre centro urbano e periferia, entre trabalho intelectual e manual – porque o que não falta, neste "aquário" em que vivemos, são muros e fronteiras.
Um projecto como este enfatiza o valor e o prazer de ler, estimula tarefas com sentido e logra associar esse trabalho à festa, uma vez palmilhado o caminho necessário.
E vem provar outra coisa: que um livro infantil pode e deve suscitar a atenção de todos. Pois todos – adultos, jovens, crianças – podem nele encontrar motivo para meditação, e, principalmente, um trampolim para o exercício das suas aptidões ou para construir o seu pequeno projecto: seja ele de leitura, de escrita, de expressão plástica, musical ou dramática, seja ainda (estou a pensar nos mais velhos e nos professores) um projecto de animação da leitura, de ensino e aprendizagem, de enriquecimento pessoal ou de simples entretenimento.
Este projecto, não sei bem porquê (ou sei?), traz-me à lembrança aquela tão querida canção de José Afonso, "Os Índios da Meia-Praia", com a qual termino: "Eram mulheres e crianças / cada um com seu tijolo. / Isto aqui era uma orquestra, / quem diz o contrário é tolo."
Recordam-se desta canção? E do tempo dela? Eu lembro-me muito bem. E trazê-la para aqui é a minha modesta forma de dizer obrigado e de falar também do privilégio, da comoção que foi participar, à minha maneira, neste projecto feliz e estimável. Um projecto que confirma uma verdade: ainda vale a pena ser educador, e vale sempre a pena ser aluno. Pois a Escola, se todos quisermos, continuará a ser um espaço de liberdade, de criação, de alegria, de trabalho colectivo e de exigência. Para connosco mesmos e para com os outros. " João Pedro Mésseder
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quinta-feira, 19 de junho de 2008
domingo, 8 de junho de 2008
Mostra Regional de Projectos em Peso da Régua
A Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e a Direcção Regional de Educação do Norte organizou a Mostra Regional de Projectos, no âmbito do Projecto Nacional de Educação para o Empreendedorismo (PNEE).O evento teve lugar a 6 de Junho, no Pavilhão Multiusos Municipal António Saraiva, em Peso da Régua.
Nesta mostra, as escolas/agrupamentos do PNEE tiveram oportunidade de apresentar os projectos e os produtos realizados.
Os quatro melhores projectos, desta Direcção Regional de Educação, participam, no próximo mês de Julho, no Seminário Nacional do PNEE. O anúncio das escolas "vencedoras" foi adiado sine die.
Nesta mostra, as escolas/agrupamentos do PNEE tiveram oportunidade de apresentar os projectos e os produtos realizados.
Os quatro melhores projectos, desta Direcção Regional de Educação, participam, no próximo mês de Julho, no Seminário Nacional do PNEE. O anúncio das escolas "vencedoras" foi adiado sine die.
As imagens provam o sucesso do CD Navegar é Preciso.
sábado, 7 de junho de 2008
Apresentação PNEE, Peso da Régua
Read this document on Scribd: Agrupamento de Escolas do Cerco -PNEE
domingo, 4 de maio de 2008
sexta-feira, 2 de maio de 2008
domingo, 27 de abril de 2008
sexta-feira, 18 de abril de 2008
terça-feira, 18 de março de 2008
segunda-feira, 17 de março de 2008
Navegar é preciso!
O jogo interactivo continua a ser elaborado com a prestação muito positiva de 17 alunos dos 8º anos, turmas A,B,C e G. Trata-se de um jogo sobre a expansão portuguesa com 20 diagramas (um dos quais se apresenta aqui) e enquadrado no Cerco(m)navegações que participa na Educação para o Empreendedorismo da DGIDC. O apoio imprescindível tem sido dado pelo Victor Martins da ESAP e Rita Araújo da ESBAP. A versão (muito) experimental pode ser consultada aqui.
Sarau
Foram muitos os que compareceram, no passado dia 14, sexta-feira, no Ginásio da Eb2,3 a fim de assistir à apresentação dos novos esquemas e novos equipamentos do Grupo de Ginástica Acrobática.
sábado, 8 de março de 2008
Ler é preciso
No dia 7 de Março, tivemos um grande momento “de” Agrupamento. Depois da exploração por todas as escolas de O Aquário, João Pedro Mésseder deslocou-se ao Auditório da Junta de freguesia de Campanhã a fim de receber as escolas da Corujeira, do Falcão e a Eb2,3 e Secundária. Durante a próxima semana, será a vez de a Escola de Nossa Senhora de Campanhã, São Roque e Cerco acolherem o escritor.
O entusiasmo e o cuidado das duas escolas do primeiro ciclo e pré-escolar foram arrepiantes: cerca de 500 alunos passaram pelo auditório e brindaram os presentes com actividades ligadas ao universo de O Aquário.
Da parte de tarde, foi a vez de algumas turmas do 5º ano, uma do 6º ano e do PIEF estarem à conversa com o escritor. Estes alunos apresentaram também alguns números que prepararam, nomeadamente o “Sermão aos peixes” e um belo momento musical que nos foi proporcionado pelos alunos do prof. Duarte. Acrescente-se que o Curso de Animação sociocultural esteve sempre presente e encantou os espectadores com a sua dramatização.
A Escola Secundária fez-se representar apenas com uma turma – 8ºF – e alguns - poucos - alunos do 10 e 11º ano. Valeu-nos o grupo de Teatro, dirigido pela prof. Maria José Osório, que apresentou uma magnífica leitura encenada do poema “Aquário Outro”.
Apesar de, no balanço final, o Agrupamento ter aderido ao projecto Ler é Preciso e se ter feito representar no Auditório da Junta de Freguesia de Campanhã, lastima-se que nem todos os ciclos tenham tido a mesma força mobilizadora.
O entusiasmo e o cuidado das duas escolas do primeiro ciclo e pré-escolar foram arrepiantes: cerca de 500 alunos passaram pelo auditório e brindaram os presentes com actividades ligadas ao universo de O Aquário.
Da parte de tarde, foi a vez de algumas turmas do 5º ano, uma do 6º ano e do PIEF estarem à conversa com o escritor. Estes alunos apresentaram também alguns números que prepararam, nomeadamente o “Sermão aos peixes” e um belo momento musical que nos foi proporcionado pelos alunos do prof. Duarte. Acrescente-se que o Curso de Animação sociocultural esteve sempre presente e encantou os espectadores com a sua dramatização.
A Escola Secundária fez-se representar apenas com uma turma – 8ºF – e alguns - poucos - alunos do 10 e 11º ano. Valeu-nos o grupo de Teatro, dirigido pela prof. Maria José Osório, que apresentou uma magnífica leitura encenada do poema “Aquário Outro”.
Apesar de, no balanço final, o Agrupamento ter aderido ao projecto Ler é Preciso e se ter feito representar no Auditório da Junta de Freguesia de Campanhã, lastima-se que nem todos os ciclos tenham tido a mesma força mobilizadora.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Projecto Indie
No âmbito do Projecto INDIE - Inclusão e Diversidade na Educação, 5 jovens portugueses estão em Bruxelas, de 26 a 29 de Fevereiro, para a elaboração da Carta Europeia de Direitos.
Um desses jovens é o Renato Ribeiro, aluno do 9º ano, na Escola Secundária do Cerco. Estes jovens foram eleitos pelos seus pares (50 jovens portugueses de 5 escolas nacionais) depois de, em conjunto, elaborarem a Carta de Direitos para a Inclusão e Diversidade.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Regresso | Radar Cerco
Hoje, o Radar Cerco - Andreia Patrícia e Carla machado do 8ºF - visitou Escola do Falcão. Foi um emocionante regresso às origens. A nossa intenção era apresentar o nosso projecto, mas fomos surpreendidas. Afinal, nós fomos alunas naquela escola e foi muito bom voltar a percorrer aqueles corredores e entrar nas renovadas salas de aula. Reencontrámos a nossa professora do 1º ciclo, a prof. Adelaide Serra, e a nossa educadora, a prof. Fernanda. Fomos muito bem recebidas por todos, especialmente pela coordenadora, prof. Helena, que fez as honras da casa. Tivemos oportunidade de ver de que forma é que O AQUÁRIO está a fazer mexer a escola e queremos destacar o trabalho feito com os meninos do Ensino Especial. As imagens que aqui colocámos são dos trabalhos deles. O Aquário está a ser um excelente pretexto para eles experimentarem novas sensações. Os peixinhos que estão na imagem são as impressões digitais deles....
Andreia Patrícia e Carla Machado, 8º F Radar Cerco
Agenda | Radar Cerco
TEATRO
- 21 de Fevereiro : 10ºD e o 12º B vão ao Teatro Nacional São João assistir a O CAFÉ de Carlos Goldoni.
- 22 de Fevereiro : 10ºD e o 12º B vão ao teatro fazer uma visita guiada aos bastidores da peça O CAFÉ.
- 21 de Fevereiro : 10ºD e o 12º B vão ao Teatro Nacional São João assistir a O CAFÉ de Carlos Goldoni.
- 22 de Fevereiro : 10ºD e o 12º B vão ao teatro fazer uma visita guiada aos bastidores da peça O CAFÉ.
ARTES NA ESCOLA
- 22 de Fevereiro: Paulo Teixeira dinamiza uma oficina de escrita com o 12ºB.
VISITAS DE ESTUDO
- 20 de Fevereiro : 6ºE - viagem de comboio ao Museu do Caminho-de-Ferro, em Lousada.
- 23 de Fevereiro : 10ºD e o 12º B : Fotografia do séc.XX em Portugal (Fundação de Serralves).
- 27 de Fevereiro : 7ºH - Museu da Fotografia.
DESPORTO
- Quartas-feiras: As aulas práticas de Bodyboard já começaram. (mais em
- 23 de Fevereiro : Prova de orientação na mata do Camarido em Caminha.
EMPREENDEDORISMO
- Quartas-feiras: elaboaração do cd interactivo “Navegar é Preciso!”.
- Quartas-feiras: Arquitectura de papel.
- 14 de Março : HelpWrite, no programa Contacto, na SIC.
MATEMÁTICA
LER É PRECISO!
- 3 a 7 de Março: Semana da Leitura (ver programa detalhado)
- 6 de Março : À conversa com a escritora Anabela Mimoso
- 12 de Março: À conversa com Gémeo Luís
- 7 e 14de Março: João Pedro Mésseder visita o Agrupamento.
- 3 a 7 de Março: Semana da Leitura (ver programa detalhado)
- 6 de Março : À conversa com a escritora Anabela Mimoso
- 12 de Março: À conversa com Gémeo Luís
- 7 e 14de Março: João Pedro Mésseder visita o Agrupamento.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Das amigas para o Rui, Jornal de Notícias
A Helpwrite a as meninas do Curso de Animação Sociocultural voltaram a ser notícia.
Das amigas para o Rui
Virgínia Alves, Alfredo Cunha
ORui não consegue segurar uma caneta. As suas limitações físicas impedem-no de fazer um simples risco com um lápis. Limitações quase eliminadas com um projecto desenvolvido pelas suas colegas da Escola EB 2,3 do Cerco do Porto, ao criarem uma caneta especial que Rui Almeida já consegue manusear.A caneta foi pensada e executada durante o passado ano lectivo, inicialmente por três alunas e um aluno (que já abandonou a escola) do 9º ano de escolaridade da EB 2,3 do Cerco, integrado no Projecto de Área Escola. A iniciativa educativa implicava a passagem pelo Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica (CATIM), onde existe o curso "Pense Indústria"."O desafio era desenvolver um produto inovador e útil. Era necessário criar o projecto, realizá-lo, dar-lhe um nome e apresentar ao mercado", contou, ao JN, Bruna Lopes uma das alunas envolvidas no projecto da caneta."As primeiras ideias foram muito fúteis, sem qualquer interesse e nada contribuíam para o desenvolvimento", confessou Bruna Maciel, outro membro do grupo. Mas, "quando a professora Paula Cruz nos apresentou o Rui Almeida, que está no ensino especial, e nos mostrou as dificuldades que ele tinha, surgiu então a ideia do projecto", acrescentou Filipa Machado.Rui Almeida sofre de paralisia cerebral, "tem dificuldades em segurar uma caneta e sempre que o tentava acabava por deixá-la cair, o que o deixava muito triste e frustrado", referiu Bruna Lopes.
O Rui utilizava um boneco esponjoso, mas não era eficaz. Por isso, as jovens criaram um adaptador feito com uma esponja dura."Tem o formato certo para o Rui agarrar e utilizar a caneta, a esponja é dura porque tem muita força e teria que ser de um material resistente", explicaram as responsáveis pelo projecto. No entanto, e como qualquer outra inovação, esta também passa por diferentes fases de desenvolvimento para a melhorar."Com o tempo percebemos que era preciso criar algo que evitasse que a caneta caísse. Criamos um aplicador que fica preso na caneta e também no pulso do Rui. Assim nunca cai ao chão", disse Bruna Maciel. O projecto da caneta especial ganhou o primeiro prémio do CATIM e foi apresentado no Europarque, em Santa Maria da Feira. Nessa mostra foram expostos trabalhos realizados nos centros tecnológicos de todo o país.
O trabalho das duas Brunas, da Filipa e do Ricardo foi eleito como o melhor projecto e recebeu o primeiro prémio, atribuído pelo Ministério da Indústria."Foram prémios em dinheiro, ao todo 950 euros, que dividimos entre nós e com o Rui, claro. Se não fosse ele não havia projecto nem prémios", contou Bruna Lopes.O plano da caneta não está, no entanto, concluído. "Estamos a tentar dar-lhe outra visibilidade, para que chegue a mais pessoas e temos contado com vários apoios", adiantou Paula Cruz , a professora que acompanhou sempre o trabalho.
"Já querem ir mais longe"
As jovens que criaram a caneta especial que permitiu ao Rui alguma autonomia têm agora um outro objectivo. "Queremos levar o Rui a andar de avião e a visitar o Oceanário. Ele não tem meios para o fazer e gostávamos de lhe oferecer esse prémio", diz Bruna Lopes, confessando que não sabe como vai angariar apoios para realizar esse desejo do Rui. Ao lado, a professora Paula Cruz, que acompanha vários alunos da EB 2,3 do Cerco do Porto que necessitam de apoio especial, sorri e revela "que o projecto da caneta alterou toda uma turma. No início do passado ano lectivo muitos não tinham perspectivas de vida. Para uma visita de estudo de fim de período escolhiam um local próximo da escola, já conhecido, porque era perto e não seriam confrontados com olhares desconfiados por serem do Cerco (bairro social problemático do Porto). Hoje já querem ir mais longe".
in Jornal de Notícias, 29 de Janeiro de 2008
domingo, 27 de janeiro de 2008
Portugueses confiam mais nos professores
Coisas que se lêem:
Uma sondagem efectuada, a nível mundial, pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF), revelou que os professores são os profissionais em que os portugueses mais confiam e também aqueles a quem confiariam mais o poder no país.
De acordo com a pesquisa, os professores merecem a confiança de 42% dos portugueses, muito acima dos 24% que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20% que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18% que acreditam nos líderes religiosos.Por sua vez, segundo refere o Jornal de Negócios Online, os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas 7% a dizerem que confiam nesta classe. (Lusa)
domingo, 20 de janeiro de 2008
Navegar é preciso!
O vento corre de feição ao projecto de elaboração do CD INTERACTIVO - Navegar é Preciso. Isto é só o começo de um estudo diferente da expansão portuguesa. Saiba mais em: Navegar é preciso.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Telemóveis, MP3 e MP4 na sala de aula? Sim!, uma reportagem
Telemóveis, MP3 e MP4 na sala de aula? Sim!
Fernando Basto, Pedro Correia
"Ontem à noite, fartei-me de ouvir a 'setôra'. Era eu a lavar a loiça e a 'setôra' a ler o Sermão do Padre António Vieira!". O comentário é citado por Adelina Moura, professora de Português/Francês da "Secundária" Carlos Amarante, em Braga, como prova dos bons resultados que está a obter com a utilização das tecnologias móveis no ensino (vulgarmente conhecido por "m-learning"). Nas suas aulas - ao contrário do que acontece nas restantes -, telemóveis, MP3 e MP4 são muito bem-vindos. Ali, em casa ou na rua, os alunos podem ouvir as aulas da professora.O mais curioso é que os "podcasts" (gravações) de Adelina Moura, alojados na Net, já correm dezenas de salas de aulas do país, provando a utilidade das novas metodologias de ensino-aprendizagem."Se não os podes combater, junta-te a eles".
Este foi o mote encontrado por Adelina Moura para amudança nos métodos de ensino. "Por mais que se proíba, é impossível impedir a entrada de telemóveis e MP3 nas salas de aula. Então, por que não tirar partido deles?", questionou.Tão depressa pôs a questão como depressa arranjou uma boa tese de doutoramento, que está a desenvolver no Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho. E para "cobaias" da sua experimentação não podia ter encontrado melhor do que os alunos do 11.º ano do Curso Profissional de Manutenção Industrial e Electromecânica."É uma turma onde mais de 50% dos alunos têm duas e três repetências, pois têm dificuldades de aprendizagem.
A motivação para eles é fundamental, há que arranjar formas de os prender e de não faltarem às aulas", explicou a professora.Adelina Moura aproveitou a existência de 14 computadores portáteis na escola para utilizá-los na sala de aula. Em casa, a docente grava a leitura dos textos e todos os comentários e explicações sobre os temas em estudo. São os chamados "podcasts", que mantém disponíveis a quem os quiser ouvir no sítio discursodirecto.podomatic.com.Para os seus alunos, criou um espaço próprio na Net, intitulado "Geração Móvel" (geramovel.googlepages.com/podcast)."Ali os alunos têm os textos e os comentários gravados, além de um conjunto de actividades que lhes são propostas. Eles ouvem e realizam os exercícios ao seu próprio ritmo de aprendizagem", explicou.Normalmente, os "podcasts" são descarregados apenas por um dos alunos que, depois, passa aos restantes utilizando o "bluetooth" do telemóvel."Em casa, podem ouvir tudo a partir da Net ou do telemóvel ou MP3. E podem ir passear e, pelo caminho, ouvir os textos e as explicações da professora.
O objectivo é aprender numa sala sem muros e numa disciplina sem horários", comentou Adelina Moura.Embora a professora também utilize os métodos tradicionais, prefere, com aqueles alunos, recorrer mais às tecnologias. "Com o método tradicional, eles parecem atentos, mas estão longe. Com estas novas tecnologias, são mesmo obrigados a mostrar trabalho", concluiu.
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