quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A sorrir


Com a ajuda do Mundo a Sorrir e da Clínica do Parque da Cidade, a Sandra tem um sorriso renovado.
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Das amigas para o Rui, Jornal de Notícias


A Helpwrite a as meninas do Curso de Animação Sociocultural voltaram a ser notícia.

Das amigas para o Rui

Virgínia Alves, Alfredo Cunha


ORui não consegue segurar uma caneta. As suas limitações físicas impedem-no de fazer um simples risco com um lápis. Limitações quase eliminadas com um projecto desenvolvido pelas suas colegas da Escola EB 2,3 do Cerco do Porto, ao criarem uma caneta especial que Rui Almeida já consegue manusear.A caneta foi pensada e executada durante o passado ano lectivo, inicialmente por três alunas e um aluno (que já abandonou a escola) do 9º ano de escolaridade da EB 2,3 do Cerco, integrado no Projecto de Área Escola. A iniciativa educativa implicava a passagem pelo Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica (CATIM), onde existe o curso "Pense Indústria"."O desafio era desenvolver um produto inovador e útil. Era necessário criar o projecto, realizá-lo, dar-lhe um nome e apresentar ao mercado", contou, ao JN, Bruna Lopes uma das alunas envolvidas no projecto da caneta."As primeiras ideias foram muito fúteis, sem qualquer interesse e nada contribuíam para o desenvolvimento", confessou Bruna Maciel, outro membro do grupo. Mas, "quando a professora Paula Cruz nos apresentou o Rui Almeida, que está no ensino especial, e nos mostrou as dificuldades que ele tinha, surgiu então a ideia do projecto", acrescentou Filipa Machado.Rui Almeida sofre de paralisia cerebral, "tem dificuldades em segurar uma caneta e sempre que o tentava acabava por deixá-la cair, o que o deixava muito triste e frustrado", referiu Bruna Lopes.

O Rui utilizava um boneco esponjoso, mas não era eficaz. Por isso, as jovens criaram um adaptador feito com uma esponja dura."Tem o formato certo para o Rui agarrar e utilizar a caneta, a esponja é dura porque tem muita força e teria que ser de um material resistente", explicaram as responsáveis pelo projecto. No entanto, e como qualquer outra inovação, esta também passa por diferentes fases de desenvolvimento para a melhorar."Com o tempo percebemos que era preciso criar algo que evitasse que a caneta caísse. Criamos um aplicador que fica preso na caneta e também no pulso do Rui. Assim nunca cai ao chão", disse Bruna Maciel. O projecto da caneta especial ganhou o primeiro prémio do CATIM e foi apresentado no Europarque, em Santa Maria da Feira. Nessa mostra foram expostos trabalhos realizados nos centros tecnológicos de todo o país.

O trabalho das duas Brunas, da Filipa e do Ricardo foi eleito como o melhor projecto e recebeu o primeiro prémio, atribuído pelo Ministério da Indústria."Foram prémios em dinheiro, ao todo 950 euros, que dividimos entre nós e com o Rui, claro. Se não fosse ele não havia projecto nem prémios", contou Bruna Lopes.O plano da caneta não está, no entanto, concluído. "Estamos a tentar dar-lhe outra visibilidade, para que chegue a mais pessoas e temos contado com vários apoios", adiantou Paula Cruz , a professora que acompanhou sempre o trabalho.


"Já querem ir mais longe"

As jovens que criaram a caneta especial que permitiu ao Rui alguma autonomia têm agora um outro objectivo. "Queremos levar o Rui a andar de avião e a visitar o Oceanário. Ele não tem meios para o fazer e gostávamos de lhe oferecer esse prémio", diz Bruna Lopes, confessando que não sabe como vai angariar apoios para realizar esse desejo do Rui. Ao lado, a professora Paula Cruz, que acompanha vários alunos da EB 2,3 do Cerco do Porto que necessitam de apoio especial, sorri e revela "que o projecto da caneta alterou toda uma turma. No início do passado ano lectivo muitos não tinham perspectivas de vida. Para uma visita de estudo de fim de período escolhiam um local próximo da escola, já conhecido, porque era perto e não seriam confrontados com olhares desconfiados por serem do Cerco (bairro social problemático do Porto). Hoje já querem ir mais longe".

in Jornal de Notícias, 29 de Janeiro de 2008
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domingo, 27 de janeiro de 2008

Portugueses confiam mais nos professores

Coisas que se lêem:
Uma sondagem efectuada, a nível mundial, pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF), revelou que os professores são os profissionais em que os portugueses mais confiam e também aqueles a quem confiariam mais o poder no país.
De acordo com a pesquisa, os professores merecem a confiança de 42% dos portugueses, muito acima dos 24% que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20% que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18% que acreditam nos líderes religiosos.Por sua vez, segundo refere o Jornal de Negócios Online, os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas 7% a dizerem que confiam nesta classe. (Lusa)

domingo, 20 de janeiro de 2008

Escolinha de Bodyboard do Cerco



Juntando o útil ao agradável, nasceu a Escolinha de Bodyboard do Cerco. Mais detalhes em breve.
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Navegar é preciso!


O vento corre de feição ao projecto de elaboração do CD INTERACTIVO - Navegar é Preciso. Isto é só o começo de um estudo diferente da expansão portuguesa. Saiba mais em: Navegar é preciso.
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Telemóveis, MP3 e MP4 na sala de aula? Sim!, uma reportagem




Telemóveis, MP3 e MP4 na sala de aula? Sim!


Fernando Basto, Pedro Correia




"Ontem à noite, fartei-me de ouvir a 'setôra'. Era eu a lavar a loiça e a 'setôra' a ler o Sermão do Padre António Vieira!". O comentário é citado por Adelina Moura, professora de Português/Francês da "Secundária" Carlos Amarante, em Braga, como prova dos bons resultados que está a obter com a utilização das tecnologias móveis no ensino (vulgarmente conhecido por "m-learning"). Nas suas aulas - ao contrário do que acontece nas restantes -, telemóveis, MP3 e MP4 são muito bem-vindos. Ali, em casa ou na rua, os alunos podem ouvir as aulas da professora.O mais curioso é que os "podcasts" (gravações) de Adelina Moura, alojados na Net, já correm dezenas de salas de aulas do país, provando a utilidade das novas metodologias de ensino-aprendizagem."Se não os podes combater, junta-te a eles".




Este foi o mote encontrado por Adelina Moura para amudança nos métodos de ensino. "Por mais que se proíba, é impossível impedir a entrada de telemóveis e MP3 nas salas de aula. Então, por que não tirar partido deles?", questionou.Tão depressa pôs a questão como depressa arranjou uma boa tese de doutoramento, que está a desenvolver no Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho. E para "cobaias" da sua experimentação não podia ter encontrado melhor do que os alunos do 11.º ano do Curso Profissional de Manutenção Industrial e Electromecânica."É uma turma onde mais de 50% dos alunos têm duas e três repetências, pois têm dificuldades de aprendizagem.




A motivação para eles é fundamental, há que arranjar formas de os prender e de não faltarem às aulas", explicou a professora.Adelina Moura aproveitou a existência de 14 computadores portáteis na escola para utilizá-los na sala de aula. Em casa, a docente grava a leitura dos textos e todos os comentários e explicações sobre os temas em estudo. São os chamados "podcasts", que mantém disponíveis a quem os quiser ouvir no sítio discursodirecto.podomatic.com.Para os seus alunos, criou um espaço próprio na Net, intitulado "Geração Móvel" (geramovel.googlepages.com/podcast)."Ali os alunos têm os textos e os comentários gravados, além de um conjunto de actividades que lhes são propostas. Eles ouvem e realizam os exercícios ao seu próprio ritmo de aprendizagem", explicou.Normalmente, os "podcasts" são descarregados apenas por um dos alunos que, depois, passa aos restantes utilizando o "bluetooth" do telemóvel."Em casa, podem ouvir tudo a partir da Net ou do telemóvel ou MP3. E podem ir passear e, pelo caminho, ouvir os textos e as explicações da professora.




O objectivo é aprender numa sala sem muros e numa disciplina sem horários", comentou Adelina Moura.Embora a professora também utilize os métodos tradicionais, prefere, com aqueles alunos, recorrer mais às tecnologias. "Com o método tradicional, eles parecem atentos, mas estão longe. Com estas novas tecnologias, são mesmo obrigados a mostrar trabalho", concluiu.